Proposta de trabalho para o primeiro ano:
Fazer o desenho da história colocando o máximo de pormenores relativos à história.
Propostas de trabalho para o segundo ano:
Trabalhar com o programa Paint do computador , reescrever a história e fazer Marias Castanhas com castanhas de verdade!
Hoje, na biblioteca conhecemos a história da Maria Castanha!
Aqui está o texto
O céu
estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não chovia os meninos
iam brincar para o jardim.
Um
jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda em volta, de
modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e atropelaremos meninos que
corriam e brincavam à vontade, de muitas maneiras: uns andavam nos baloiços e
nos escorregas, outros deitavam pão aos patos do lago, outros metiam os pés por
entre as folhas secas e faziam-nas estalar – crac,crac - debaixo das botas,
outros corriam de braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam,
também de asas abertas.
Era
bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés quentinhos e
ficavam com as bochechas encarnadas de tanto correr e saltar.
Uma
vez apareceu no jardim uma menina diferente: não tinha bochechas encarnadas, mas
uma carinha redonda, castanha, com dois grandes olhos escuros e
brilhantes.
- Como
te chamas? – perguntaram-lhe.
-
Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que
engraçado, Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram
brincar ao jogo do apanhar.
A
Maria Castanha corria mais do que todos.
- Quem
me apanha? Ninguém me apanha!
- Ninguém apanha a Maria
Castanha!
Ela
corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de castanhas que
estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele.
Pimba!
O saco
das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão.
A
Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.
- Ah.
Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi
sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo – disse
Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
E os
outros ajudaram também.
Pronto. Ficaram as castanhas
apanhadas num instante.
- Onde
estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria
Castanha.
-
Foram à procura de emprego.
- E
tu?
-
Vinha à procura de amigos.
- Já
encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu
também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs
as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e fofinhos como a lã
dos carneirinhos novos.
Depois, disse:
-
Quando os amigos se encontram é costume fazer uma festa. Vamos fazer uma festa
de castanhas. Gostam de castanhas?
-
Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não
sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há – disse Maria
Castanha.
- Pois
vais saber como é bom.
E o
vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do
lume.
Dali a
pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai,
são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra onde havia
guerra.
- Não
tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do
assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem.
E
azuis eram agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor deu à Maria
Castanha e aos seus amigos.
- É
bom é – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se
me queres ajudar podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de
papel?
A
Maria Castanha não sabia mas aprendeu.
É ela
quem enrola o papel de jornal para fazer os cartuchinhos onde o vendedor mete as
castanhas que vende aos fregueses à porta do jardim.
Basta clicares no endereço que vais descobrir a história em formato vídeo, a qual foi partilhada pela tua professora bibliotecária .
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